segunda-feira, 24 de abril de 2017

Minha Turma de 2016 em 2017


Em dois mil e dezesseis trabalhei com uma turma de primeiro ano que era composta por seis meninas e onze meninos, como não entrou e nem saiu nenhum aluno, esta mantém a mesma formação do ano passado, porém eu não sou mais professora deles, já que sou responsável pelas aulas de robótica de todas as turmas da escola, da Educação Infantil ao Nono ano.
O objetivo do projeto de robótica é desenvolver  os conhecimentos de robótica a partir de temas oriundos da curiosidade dos alunos o que torna esse projeto um Projeto de Aprendizagem.
Essa turma adora animais, e demonstrou grande interesse pelos cães e gatos que são animais de estimação que fazem parte do cotidiano deles.
A proposta do trabalho sobre animais de estimação surgiu de uma aluna que ganhou um cachorro, e todos começaram a falar sobre as suas predileções por gatos ou cachorros e também dos cuidados com a higiene, alimentação...
Várias perguntas surgiram...
# Os gatos também podem ser adestrados?
# Quantos filhotes uma cadela pode ter ao mesmo tempo?
# Se os filhotes nascem juntos, eles não deveriam ser todos iguais?
# As pulgas pulam muito alto?
# O Pitibul é muito brabo e pode matar uma pessoa?
# O gato e o cachorro são inimigos?
# O gato como rato?
Também surgiram várias certezas...
# O gato gosta de leite
# O cachorro cuida da casa
# O gato toma banho se lambendo
# O cachorro gosta de osso
# O gato gosta de peixe
# Nos desenhos o gato e o cachorro são sempre inimigos
# Nos desenhos o gato e o rato são sempre inimigos
# O gato e o cachorro podem dormir dentro de casa
Num primeiro momento cada aluno pesquisou em casa tudo o que julgasse importante para o nosso projeto sobre animais de estimação. Depois compartilharam em sala de aula, e então surgiu a necessidade de pegar uma pulga para olhar no microscópio e para isso contamos com a ajuda da professora de ciências.
Como o projeto envolvia robótica e tecnologia, trouxe os tablets para que cada um fizesse registro das suas pesquisas e utilizasse os jogos cujo objetivo era cuidar dos animais.
Quando já havíamos organizado os conhecimentos trazidos, começamos a introduzir a robótica com o uso de sucata eletrônica e materiais recicláveis, como papelão, palito de picolé, peças de brinquedos estragados...
Usando uma escovinha de roupa e um vibracall fizemos um rato, fizemos o gato e o cachorro de papelão, e o gato movia os olhos que eram de outro brinquedo e o cachorro corria a partir de um dispositivo de um carrinho de fricção.
A partir das pesquisas as curiosidades foram sendo descobertas e algumas certezas se tornaram fatos isolados.
O envolvimento foi tanto que fizemos uma exposição para os colegas das outras turmas.




domingo, 23 de abril de 2017

Projeto de Geografia "Eu no mundo"

Esse ano estou atuando com turmas do 6º ano e 7º ano, do ensino fundamental, sendo 2 turmas de 6º ano e 4 turmas de 7º ano, onde as turmas de 6º ano e duas de 7º ano são de alunos que já estudavam na escola e duas turmas de 7º ano de aluno proveniente de outras escolas. O projeto a ser desenvolvido para a interdisciplina de “Projeto Pedagógico em Ação”, será em uma turma de 6º ano, ensino fundamental II, turno da tarde, turma 61, composta por 29 alunos bem dinâmicos, muito curiosos e participativos. Esta turma apresenta uma particularidade que considero muito importante são muito curiosos e mesmo os alunos mais quietos se sentem à vontade de perguntar, mas me preocupo com dois alunos em que seu ritmo é mais lento que o resto da turma e procuro estar mais atenta para o andamento de suas atividades para que não se desestimulem.

O projeto a ser desenvolvido será de ensino, com conteúdo de alfabetização cartográfica e identificação do meio, onde iremos trabalhar com aulas expositivas, trabalho de campo, construção de maquete e mapas conceituais. Após a introdução do conteúdo e o acompanhamento para identificar quais os conhecimentos que os alunos apresentavam sobre orientação cartográfica, iniciamos essa semana com a atividade de identificação do espaço com o desenho da sala e como a sala é da disciplina de Geografia, no turno da tarde, iremos identificar os pontos cardeais na sala. E na sequência iremos identificar a escola, com croquis até chegarmos na finalização que será trabalho com mapas e a identificação do espaço escolar na comunidade. A princípio o projeto se chama “Eu no mundo”, com direito a modificações a serem votadas durante a semana.




Primeiros questionamentos a serem trabalhados em sala de aula:
- Quem está à direita ou à esquerda da sua classe?
- Em relação a você a porta está à direita ou a esquerda?
- Quem está sentado à sua frente e atrás da sua classe?
- Vamos identificar os pontos cardeais em nossa sala de aula em seu desenho?
- Em que posição se encontra o armário da sala?
- Em que ponto a classe da professora se encontra?
- A sua classe está em qual posição, sendo o ponto de referência a classe da professora?
- Como podemos identificar os objetos em nosso desenho?

Projeto "Qual a influência dos Games no desenvolvimento infantil?"

O trabalho de pesquisa realizado no semestre passado no Seminário Integrador IV  (PEAD), nos proporcionou a experiência como alunos em um projeto de aprendizagem, onde transitamos por várias etapas de uma atividade de pesquisa, desde a delimitação do tema a ser pesquisado, construção de hipóteses, busca de informações, planejamento sobre as fontes de informação, seleção e classificação dos dados e por último o compartilhamento dos resultados obtidos. Essa sistematização tem relação com o método ao qual se referencia no "estudo de caso" do MCE (Movimento di Cooperazione Educativa de Italia).

                                



sábado, 22 de abril de 2017

Projetos de aprendizagem

Projetos de aprendizagem



     Após ler os textos, me identifiquei muito com os métodos globalizados de trabalho com as crianças, até porque como educadora da Educação Infantil não estamos sob o regime de currículos montados por disciplinas. E na EI, a criança é o centro de tudo, do cuidar e do educar. É, ou deveria ser sempre, baseado nos seus interesses que se concretizam os currículos, suas capacidades, interesses e motivações formam a mola propulsora das suas aprendizagens.
     Mediamos suas aprendizagens de forma a lhes mostrar visões globalizadas do mundo, e quem nos dá o norte para a proposição de experiências é a própria criança que trás para a escola seus conhecimentos, sua história, seus saberes e é a partir deles e de seus interesses, que conforme nossa intenção de trabalho escolhemos a forma como apresentar nossos projetos.
     Analisando os quatro métodos de trabalho expostos por Zabala, percebi que na EI, muitas vezes, buscamos de um ou de outro a organização e as sequências de aprendizagem, sempre com a mesma justificativa: proporcionar às crianças uma aprendizagem que lhes seja significativa.   



sexta-feira, 21 de abril de 2017

Nasceu um projeto!

                         Meninas, nasceu o projeto do M1B/2017. Claro que a partir de uma grande questão: 
                         De que forma levar as crianças do Maternal 1 B  às descobertas e ao conhecimento através da música, estimulando sua criatividade e o convívio social  através dos  prazeres que ela  oferece?
                         Justifico minha escolha depois de observar que a música, tanto as usadas para deslocamento e organização da turma, como as que são ouvidas só pelo prazer, despertaram nas crianças um grande interesse e interação. Eles acompanham as melodias com movimentos corporais e gestos como: palmas, balanços e uso de qualquer objeto para batucar.
                        Sabendo que a música ocupa um papel importante da Educação Infantil, decidi investir neste tema.
                         Então, vamos lá, partiu projeto: " M1B cante e se encanta com  novas descobertas!"
          

domingo, 16 de abril de 2017

MAPEANDO A TURMA

Durante 6 anos trabalhei com crianças de 5 e 6 anos em  2 turmas de JB por ano, portanto já tive 12 turmas de JB na minha tragetória docente, porém , este ano mudei completamente e estou trabalhando com EJA no turno da noite e com volância em 4 turmas de quarto e quinto ano durante a tarde. Está sendo uma experiência totalmente nova mas muito gratificante pois estou adorando trabalhar com EJA. Pensei em qual turma poderia ser melhor este trabalho com projetos e resolvi que farei com a minha turma noturna de EJA onde sou a professora referência e por estar poucas horas semanais com as outras turmas.
Minha turma é T1 E T2  que são as séries iniciais. Tenho 8 alunos apenas por agora mas são de idades diferentes, níveis diferentes de aprendizado e 2 alunos especiais. 
Para mim este quadro é totalmente uma novidade, em todos os sentidos pois as diferenças são enormes entre eles e a metodologia de ensino é completamente diferente da que eu estava acostumada com a Educação Infantil.
Duas alunas nunca frequentaram a escola (38 e 43 anos) e não conhecem letras nem números sendo que uma já apresenta mais facilidade que a outra. Quatro alunos (32, 45, 50, 58 anos) já sabem ler e escrevem com alguma dificuldade e muitos erros, fazem operações simples de soma e subtração. Dois alunos são especiais sendo que um já lê e escreve algumas palavras por repetição e a outra só pinta e desenha. 
A partir deste quadro estou pensando  em como engrenar um projeto a partir de interesses comuns.

Reflexão sobre os textos de Zabala e Hernández

Quando nos propomos a trabalhar com projetos na escola, estamos ou pelo menos deveríamos estar alicerçados em teorias que venham a contribuir para a organização das nossas ações e reflexões diante de tal desafio.
Digo desafio, pelo fato de nós professores sairmos da nossa zona de conforto enquanto detentores do conhecimento, onde aplicávamos fórmulas, textos, e avaliações que nem se quer mensuravam a capacidade do aluno de buscar suas aprendizagens a partir da percepção de mundo por eles constituída.
Para Zabala essa forma de de organização do processo de ensino/aprendizagem, limita as necessidades do aluno ao mero acúmulo de conteúdos, engessando qualquer movimento contrário que surja em busca de uma educação integral e global.
Para ele, o professor deve diversificar as estratégias e recursos utilizados, superando o método tradicional, oportunizando novas práticas educativas que estimulem os alunos através de desafios que instiguem a sua curiosidade, gerando autonomia no processo de aprendizagem.
Entretanto, para que isso ocorra, faz-se necessário que a comunicação entre professor e aluno e entre o aluno e seus pares, seja clara e despida de nomenclaturas e hierarquias, para que o planejamento de fato seja realizado em prol das necessidades dos alunos e com elementos oriundos das demandas trazidas por eles. 
Assim, fica evidente que o planejamento deve ser maleável, priorizando o que o aluno aprende, e não o que o professor ensina, de modo que o professor saia do centro do processo de aprendizagem e assuma uma postura de mediador, permitindo ao aluno sentir-se o protagonista do processo de aprendizagem,  que só assim será significativa.
A partir do momento em que o aluno tem sua autonomia potencializada, devemos considerar a caminhada individual deste, entendendo que não existem parâmetros massificadores, já que cada aluno é parâmetro de si mesmo, devendo ser avaliado pelo seu crescimento durante o processo de construção das suas aprendizagens. Nesse sentido vale ressaltar que não é apenas o professor quem faz a avaliação, mas o aluno também avalia suas aprendizagens e dificuldades.
Assim como Zabala, Hernández também acredita na importância do ensino por projetos e tem como proposta a reorganização do currículo escolar por projetos a partir da realidade do aluno, que está inserido em uma sociedade em constante mutação. Dessa forma a escola se tornará reflexiva e multidisciplinar, cabendo ao professor o compromisso de formar cidadãos críticos e conscientes do seu papel social.
Ambos os autores defendem a desfragmentação do ensino, o respeito ao aluno em todas as etapas do desenvolvimento, bem como de suas necessidades e interesses, rompendo com a ideia de saberes únicos onde prevalece a hegemonia e a privação de uma identidade cultural.
Acredito que em pleno século XXI essas questões já estejam sendo debatidas e motivo de reflexão por todos que pensam e fazem parte da educação no mundo, sejam eles professores, alunos, pais, políticos, teóricos...Pois faz-se urgente a necessidade de dar um basta ao continuísmo!

Fonte Consultada: 
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação [recurso eletrônico]: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Mapeando a turma

Mapeando a turma

Este ano minha turma é um M1B, crianças de 2 a 3 anos de idade. Das 20 crianças, 14 estão vivenciando a experiência de frequentar a escola pela primeira vez, ou seja se as crianças já são curiosas por natureza, imagina quando estão dentro de um ambiente novo, com rotinas diferentes,  com recursos diversos que visam o seu bem estar e o seu desenvolvimento.
Para mim a  experiência de trabalhar com este nível é novidade, assim como as crianças, estou em plena adaptação.  Em anos anteriores, trabalhando com nível M2 ( 3 a 4anos) e JB ( 5 a 6anos) a observação e , principalmente, o  questionamento junto às crianças  de suas necessidades, curiosidades e interesses foi bem mais fácil trabalhar com os projetos. Hoje, com os pequenos, basicamente a observação é minha principal ferramenta para montar algum projeto.
Especificamente, este ano, observei que a música é um ponto comum entre as crianças, e peguei este tema como delineador do projeto que devo montar para e com eles.

As principais questões que me povoam a mente são: Como, a partir da observação dos interesses das crianças, montar um projeto de aprendizagem? De que forma organizar a proposição de experiências ( planejamento)  que compreendam todos os campos de experiências, presentes no PPP da escola? Como organizar meu planejamento com experiências (propostas por mim)  que proporcione às crianças suas aprendizagens e somar  a ele as propostas surgidas da observação e da expressão das crianças de seus desejos e necessidades?

Reflexões sobre projetos


¨[...] ensinar não é transferir conteúdo a ninguém, assim como aprender não é memorizar o perfil do conteúdo transferido no discurso vertical do professor. Ensinar e aprender têm que ver como esforço metodicamente crítico do professor de desvelar a compreensão de algo e o com empenho igualmente crítico do aluno ir entrando como sujeito em aprendizagem, no processo de desvelamento que o professor ou professora deve deflagrar" - Paulo Freire

Comparando projetos de aprendizagem,  ensino e ação:

Os projetos de ensino caracterizam-se como instrumentos onde o professor é quem determina as atividades a serem desenvolvidas  para a aprendizagem deste ou daquele conteúdo. Nele é o professor quem transmite seu conhecimento.  
Já nos projetos de aprendizagem, o papel do professor é de orientar, mediar a construção do conhecimento do aluno, que normalmente se dá a partir do seu interesse, sua curiosidade e sua vontade de e do que aprender.
Projetos de ação, neles o interesse dos alunos está presente, mas quem determina  como construir este conhecimento é o professor.

Projeto de aprendizagem executado em 2016

Penso que o projeto de aprendizagem realizado em 2016: Unhas pintadas, se encaixa nas descrições  do Método de estudo do meio, pois o tema foi escolhido a partir de uma curiosidade real   tendo uma pergunta chave  que trouxe várias certezas provisórias e dúvidas que  desencadearam  todo um processo de pesquisa. A partir destas pesquisas algumas  dúvidas foram sanadas, certezas foram concretizadas e muitas dúvidas novas foram criadas.

Fontes consultadas:

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação [recurso eletrônico]: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
O que são projetos de aprendizagem: Disponível em: http://sipeadturmad3.pbworks.com/w/page/107941562/Projetos%20de%20Ensino%20e%20Projetos%20de%20Aprendizagem
Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Fernando Becker . Disponível em:https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1245073/mod_resource/content/3/becker-epistemologias.pdf


PROJETOS


A organização de um projeto deve estar vinculada a um conhecimento mais globalizado, diferentemente do conhecimento compartimentado que as disciplinas propõem, já que nesta modalidade os conhecimentos não estão articulados de uma forma rígida, nem em função de alguma disciplina pré-estabelecida ou do nível dos alunos. Este método tem por função a de favorecer a criação de estratégias que possam fazer a inter-relação entre os conhecimentos estabelecidos dos conteúdos nas disciplinas e a uma problemática fazendo com que ocorra o incentivo dos alunos para sua construção de conhecimento.
Para isso temos uma sequência de ensino/aprendizagem, como: Escolha do tema; Planejamento do desenvolvimento do tema; busca de informação; tratamento das informações; analise das sequencias dos capítulos; realiza-se um dossiê; avaliação; novas perspectivas.

Nos métodos globalizados, o aluno se encontra como o principal agente da ação, pois partimos das suas necessidades com ações compartilhadas, isto não quer dizer que se dispensa as disciplinas mas a preocupação inicial vem como ocorrem as aprendizagens e depois preocupa-se com o papel da disciplina na sua formação.  

Diferenciação entre os projetos:


- Projetos de aprendizagem (Método do estudo do meio - MCE): o professor é o orientador, um mediador, cabe ao aluno ser o construtor de seu conhecimento. É um modelo de aprendizagem mais dinâmica.
- Projetos de ensino (Método de projetos de Kilpatrick) é o professor que pensa sua prática e decide os temas, é a partir o professor que transmite seu conhecimento.
- Projetos de ação (Centros de interesse de Decroly): nestes projetos procura-se satisfazer os interesses do educando, partindo do conhecimento do meio e de formas de interagir com ele, proporciona situações para a construção das aprendizagens, mobilizando com que os alunos realizem atividades com experiências concretas como de montar jogos, trabalhos manuais e modelagem.




Fonte Consultada: 
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação [recurso eletrônico]: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Saída de Campo - Parque Natural Morro do Osso - Evidências